A questão sobre quando um bebê pode começar a dormir na casa do pai não é rigidamente definida por uma idade específica, mas sim por fatores que envolvem o bem-estar e as necessidades da criança.
Embora não exista uma regra, de acordo com a equipe de advogados do escritório Ferreira & Mourão, os tribunais têm decidido geralmente pelo pernoite na casa do pai a partir de 2 ou 3 anos de idade.
Na verdade, por mais que os pais queiram criar um vínculo e estar presentes na vida de seus filhos, a prioridade é sempre a criança.
Continue a leitura e confira algumas diretrizes que costumam ser consideradas por profissionais e pelo judiciário.
A partir de quantos anos o bebê pode dormir na casa do pai?
Veja alguns pontos levados em conta para definir a partir de quantos anos o bebê pode dormir na casa do pai:
Idade da criança
Como dito anteriormente, não há uma regra fixa sobre a idade em que um bebê pode dormir na casa do pai.
Por exemplo, durante o período de amamentação exclusiva (até os 6 meses), geralmente não são recomendados pernoites longe da mãe, para não interferir na rotina da amamentação.
A partir dos 6 meses, alguns especialistas sugerem começar com pernoites curtos, como uma noite, desde que:
- O bebê já esteja adaptado à alimentação complementar;
- O pai seja participativo e familiarizado com a rotina do bebê;
- Exista um ambiente adequado e seguro na casa paterna;
- O bebê demonstra segurança emocional com ambos os pais.
Contudo, na grande parte dos casos, a recomendação é que a criança possa dormir na casa do pai a partir dos 2 anos, já que nessa fase a criança já possui um pouco mais de segurança emocional e capacidade de adaptação.
Aconselhamento profissional
Consultar um pediatra ou psicólogo infantil pode ser útil para entender as necessidades emocionais e de desenvolvimento da criança.
Esses profissionais podem oferecer orientações personalizadas com base na situação específica da família, sempre priorizando o bem-estar da criança.
Acordo entre os pais
O ideal é que os pais cheguem a um acordo sobre as visitas e pernoites, levando em consideração a rotina da criança, seu nível de conforto e a relação que ela tem com cada um dos pais.
A comunicação aberta é chave para assegurar que ambos os lados estejam confortáveis e que a criança se sinta segura.
Visitas gradativas
Para facilitar a transição, pode-se começar com visitas diurnas e, conforme a criança se adapta, introduzir pernoites, pois isso ajuda a construir confiança e segurança no novo arranjo familiar.
É importante que a casa do pai seja um ambiente seguro e acolhedor para a criança. A adaptação ao novo espaço deve ser gradual, permitindo que a criança se sinta confortável.
Agora, em casos de separações onde há disputas sobre a guarda, é recomendável formalizar acordos sobre as visitas e pernoites através de um advogado ou em um tribunal, garantindo que os direitos de ambas as partes sejam respeitados.
Conclusão
Como vimos, não existe uma idade específica em que um bebê possa começar a dormir na casa do pai.
Vários fatores estão envolvidos, como o desenvolvimento da criança, o ambiente familiar e o acordo entre os pais.
O mais importante é que qualquer decisão seja tomada priorizando o melhor interesse da criança, com diálogo entre os pais e, se necessário, com orientação profissional, de maneira que essa transição seja a menos traumática possível.